(análise: Rosane Keppke)
O olhar do GT Urbanismo tem foco nas desigualdades socioambientais, para tanto, as variáveis de análise são georreferenciadas sobre as macroáreas do Plano Diretor Estratégico (PDE) ou sobre o mapa de valor do metro quadrado de terreno. De acordo com este último, o valor máximo ocorre nos distritos históricos da elite paulistana, que deram origem à região de melhor infraestrutura e serviços da cidade a qual, segundo avaliação do PDE, está na intersecção entre a Macroárea de Urbanização Consolidada e a Macroárea de Estruturação Metropolitana. Isso corresponde ao centro econômico-financeiro da capital e grosso modo ao perímetro do rodízio de veículos, justamente por concentrar o emprego e a renda. Envolvendo este centro e absorvendo sua valorização está a Macroárea de Qualificação da Urbanização, que faz a transição para as macroáreas periféricas - de Redução da Vulnerabilidade, de Controle e Qualificação Urbana e Ambiental e, por fim, as Macroáreas de Preservação dos Ecossistemas Naturais nas fronteiras Norte e Sul do município. Em síntese, as vulnerabilidades socioambientais aumentam em proporção à distância do centro econômico-financeiro, ainda que alguns assentamentos precários o permeiem, e vice-versa, com relação a ilhas de valorização em regiões afastadas.